Quase metade dos internautas brasileiros (49,7%) tem dificuldade em
distinguir e-mails legítimos de spam. A informação vem de uma
pesquisa realizada pela Inova, empresa especializada em tecnologia
de e-mails e que entrevistou também usuários chineses, europeus e
norte-americanos.
À frente dos internautas nacionais, apenas os chineses – com 74%
- declararam ter dúvidas na hora de saber o que, de fato, são
e-mails e o que se configura em spams. Os usuários europeus vêm em
terceiro na relação (44%) e os norte-americanos em quarto, com 35%
deles.
“O nível de sofisticação usado na hora de ‘disfarçar’ um spam e
as técnicas que os spammers usam para burlar soluções de segurança
tendem a confundir muitos dos internautas“, afirmou Alex Panagides,
CEO da Inova. “O mais aconselhável é observar o endereço do
remetente, pois é um item que pode ser facilmente forjado. Além
disso, antes de clicar em qualquer link, é preciso certificar-se na
barra de status se o link realmente aponta para um domínio
previamente conhecido”.
Redes sociais como camuflagem
Além disso, o relatório da Inova apontou que as redes sociais são
o “disfarce” preferido para o envio de spams. Isso porque 73,5% dos
brasileiros entrevistados receberam spam relacionado a este tipo de
plataforma, comparados a 40% dos americanos, 35% dos europeus e 74%
dos chineses. “As redes sociais são um fenômeno recente e encontram
grande receptividade, entre os brasileiros, que são bastante
atuantes neste tipo de plataforma", disse Panagides. “Logo, é
necessário que tanto os usuários quanto os provedores amadureçam
suas defesas”.
Mais da metade dos internautas locais (55,8%) também teme que
seus PCs sejam infectados por malwares em conseqüência de spams,
sendo que 30% desse total têm receio de ser atingido por golpes como
roubo de identidade e fraudes financeiras. “Embora a quantidade de
spams relacionados a ações de marketing seja maior, há uma tendência
de crescimento na quantidade de spams relacionada a fraudes,
principalmente devido ao aumento da população conectada à Web no
Brasil”, declarou o executivo.
Métodos de segurança
O estudo da Inova indica ainda que os internautas brasileiros
usam métodos diversos para combater os spammers. Isso porque 42,6%
deles dizem ter uma conta de e-mail específica para atividades que
podem atrair mais spams. Já 29% dos usuários afirmam dispor de algum
software antispam em seu PC e 35,9% declararam utilizar o serviço
antispam do provedor de e-mail. Por fim, apenas 19,8% disseram não
utilizar qualquer proteção contra spam.
“Embora ter um e-mail para atividades que atraiam mais spams
possa ser útil, essa estratégia vai exigir dos usuários mais tempo e
esforço de gerenciamento” declarou Panagides. “Mas o que soluciona
realmente o problema é adotar um software efetivo. Hoje já existem
algumas soluções capazes de proteger os usuários e, claro, há também
muitas soluções que são apenas paliativos”, completa. |