Controle do uso da internet por funcionários evita "desastres" nas
empresas
"O controle do uso da internet por funcionários pode combater
riscos que não são apenas de responsabilidade do diretor de
Tecnologia da Informação, mas de toda a diretoria e presidência.
Tudo pode começar com o simples recebimento de um e-mail. O e-mail
pode conter um link atraindo de várias maneiras a curiosidade do
colaborador. Se tão somente um funcionário cair na tentação de
clicar, um malware poderá se instalar e roubar todas as informações
estratégicas".
O alerta é do consultor e diretor de TI da On Line Brasil,
Adriano Filadoro. Segundo ele, o assunto do controle do uso da
internet por funcionários ainda é muito controverso, apesar de haver
todo um aparato legal que permite ao empregador ter acesso aos
passos de seus funcionários diante do computador.
Sites perigosos
É ainda perigosa a visitação leviana de sites, de acordo com o
especialista. "Há inúmeros sites travestidos de sérios, mas que, na
verdade, oferecem downloads gratuitos, cadastros, premiações e
vantagens sem fim, tudo com a única intenção de capturar os dados do
usuário e se instalar em sua máquina e, em seguida, em toda a rede",
explica Filadoro.
Esses ataques, muitas vezes encarados como simples "malandragem"
de quem não tem o que fazer, têm se transformado em arma
poderosíssima de espionagem industrial e até mesmo entre países, nas
palavras dele.
Questionamento por parte dos funcionários
Em muitas empresas, mesmo aquelas que chegam a levantar uma
discussão sobre o tema com os colaboradores, ainda se questiona
muito o controle do que os funcionários fazem na internet. "Pode
parecer mais uma iniciativa do tipo big brother, mas estamos falando
de informações estratégicas, de dados sigilosos que podem vazar,
propositalmente ou não".
O consultor garante que existem soluções de segurança para cada
nível de preocupação, começando pelos anti-spams até o controle de
e-mails e acessos individuais à internet. "O importante é tomar uma
decisão com base na necessidade de segurança. Não se trata de uma
ação pessoal nem tampouco de retaliação. Afinal, a reputação e o
segredo do sucesso de uma empresa não podem permanecer tão
vulneráveis", completa.