Companhia pode monitorar o uso de IM para se prevenir de
processos, mas para isto deve prover ferramenta corporativa.
O uso indevido de ferramentas de mensagens instantâneas
não traz apenas riscos à integridade dos sistemas da empresa. Ele
também pode levar a problemas legais. Passar informações
confidencias a concorrentes, trocar imagens de pedofilia, cometer
qualquer tipo de fraude pelo instant messanging durante o horário
de trabalho pode levar empresa e seus funcionários ao bancos dos
réus.
Por isso, os especialistas recomendam o monitoramento
dos comunicadores instantâneos no trabalho, função que já foi
incorporada às ferramentas corporativas. “A empresa é
co-responsável por qualquer ação ilícita praticada pelo
funcionário com meios fornecidos por ela, durante o horário de
trabalho”, explica Camilla do Vale Jimene, advogada associada ao
escritório Opice Blum & Associados.
Isso significa, por exemplo, que se o funcionário
estiver trocando fotos de pedofilia pelo software de mensagem
instantânea, a empresa também será processada, caso ele seja
descoberto.
Mas, antes de monitorar as trocas de mensagem, a
companhia deve deixar claro para os funcionários que esta prática
será adotada, segundo a advogada Além disso, a companhia só pode
monitorar o uso de ferramentas empresariais o e-mail pessoal, por
exemplo, não pode ser vigiado, pois isso caracteriza invasão de
privacidade.
Este é um fator fundamental, visto que muitas empresas
monitoram o uso de ferramentas gratuitas, como o MSN e Windows
Messenger, Yahoo! Messenger, AOL AIM e Google Talk, o que, de
acordo com precedente aberto na Justiça brasileira é ilegal. “Se o
empregado utiliza sua conta particular de e-mail para acessar a
ferramenta de mensagem instantânea, a empresa não pode monitorar.
O conteúdo registrado não terá validade legal”, afirma a advogada.
Para Camilla, a empresa deve pesar os riscos jurídicos e
os benefícios da tecnologia, e fazer um uso responsável caso
resolva adotá-la.