Confira os seis erros que prejudicam a declaração do Imposto de
Renda
Começo de ano é período de pagamento de impostos. Eles são
tantos que, sem planejamento, podem colocar seu orçamento por
água abaixo. Dentre eles, o que mais tira o sono dos brasileiros
é o Imposto de Renda. Mas não é por menos. Diante de tantos
detalhes para o preenchimento da declaração, um deslize pode
complicar a situação com o Leão ou fazer o contribuinte cair na
tão temida malha fina.
Para que nada disso aconteça, a contadora responsável pela
Fharos Assessoria Empresarial, Dora Ramos, detalhou os seis
erros que prejudicam a declaração do Imposto de Renda. Eles
servem para que você não deixe escapar nada!
Os seis erros
Confira abaixo quais foram os seis erros da declaração
citados pela especialista no assunto:
1. Esquecer das novas alíquotas de tributação: para a
declaração de 2009 (ano-base 2008), ainda serão consideradas
três faixas de renda. Até R$ 16.473,72 de renda anual, o
contribuinte está isento; de R$ 16.473,73 a R$ 32.919, a
alíquota é de 15%; acima de R$ 32.919, a alíquota é de 27,5%.
Vale lembrar que, a partir da declaração de 2010 (ano-base
2009), valerão as novas regras anunciadas pelo governo no final
do ano passado.
2. Não recolher informações sobre movimentações financeiras:
quem quer evitar problemas deve já guardar comprovantes ao longo
do ano ou então aproveitar janeiro para obter o maior número de
informações sobre suas movimentações financeiras. O problema é
quando nenhum dos acompanhamentos é feito, já que qualquer
incompatibilidade com a Receita pode causar transtornos na hora
de acertar as contas com o Leão.
3. Aproveitar fim da CPMF (Contribuição Provisória sobre a
Movimentação Financeira) para não declarar transações: saiba que
o governo se preparou para o fim da contribuição e tem condições
de acompanhar todas as transações financeiras, fazendo uso da
tecnologia.
4. Desconsiderar a Dimof (Declaração de Informações sobre
Movimentação Financeira): a cada seis meses, as instituições
financeiras são obrigadas a enviar à Receita Federal informações
de pessoas físicas que tiveram movimentação acima de R$ 5 mil.
Por isso, todo o cuidado é pouco, para não ser surpreendido com
algum pedido de esclarecimento.
5. Omitir transações: compras de qualquer valor devem constar na
declaração. Por mais que não declare, a pessoa que realizou a
transações com você vai declarar. Se os dados estiverem
desalinhados, a RF irá investigar, o que pode resultar em sua
declaração retida na malha fina.
6. Cair na malha fina: diferentemente do que muitos imaginam,
cair na malha fina pode acontecer com qualquer um e se retratar
com o governo não é tarefa fácil. Só em 2007, 479 mil pessoas
tiveram de explicar porque seus números eram incompatíveis com
suas rendas ou com os pagamentos recebidos por terceiros.
Prejuízo
"Irregularidades podem transformar um simples pagamento em um
prejuízo na hora do acerto de contas com o Leão. No entanto, se,
por algum descuido, o contribuinte cair na malha fina, é preciso
estar preparado para a declaração retificadora ou para conceder
explicações à Receita Federal nos próximos cinco anos", afirmou
Dora.
Conforme ela explicou, caso a pessoa física perca o direito à
restituição e, no lugar disso, tenha de pagar imposto, os
valores serão acrescidos de uma taxa de 20% sobre o montante a
ser pago, mais a variação da taxa Selic.
FONTE:InfoMoney