No vasto mundo de vírus e golpes virtuais, o keylogger é considerado
uma das mais eficientes e atuantes pragas virtuais. Este tipo de
código foi desenvolvido para capturar as teclas digitadas no
computador. Os crackers utilizam os keyloggers para roubar senhas de
Internet banking e números de cartões de crédito. Aprenda a se
proteger desse tipo de golpe.
Como um keylogger se instala em uma máquina?
Segundo José Matias, gerente de suporte da empresa de segurança
digital McAfee, um keylogger pode se propagar de várias formas. Ele
pode chegar ao PC da vítima por meio de um anexo de e-mail, como se
fosse um vírus, por meio de aplicativos presentes em softwares
piratas e também em programas que o usuário baixa na Internet.
“Muitas vezes, o internauta baixa um suposto anti-spyware ou
anti-keylogger pensando ser uma solução para este tipo de problema”,
diz Matias. “Mas muitas dessas ferramentas não passam de disfarces
que trazem keyloggers para o computador sem que a vítima perceba.
Por isso, é essencial que ela baixe tais programas apenas de páginas
confiáveis”, completa.
Quais os tipos de keyloogers existentes?
Há uma série de keyloggers prontos para atacar a sua máquina, mas
os mais utilizados pelos crackers são dois: o primeiro, e mais
tradicional, é aquele que captura as teclas digitadas no computador
e depois repassa as informações para o fraudador via e-mail e, em
alguns casos, até mesmo via messenger.
O segundo foi desenvolvido a partir do surgimento dos teclados
virtuais nos serviços de Internet banking. Com este recurso, o
internauta dispensa o teclado para digitar as senhas de acesso à
conta corrente. Os keyloggers “filmam” o movimento do mouse nos
teclados virtuais, gravam os números e repassam o arquivo de vídeo,
via e-mail, para o criminoso. Feito isso, basta ele utilizar um
gerenciador de mídia como o Windows Media Player para
visualizar senhas e as operações realizadas.
Existem keyloggers que já conseguem driblar antivírus?
Segundo José Matias, da McAfee, o comportamento dos keyloggers é
bastante parecido, mesmo entre os mais sofisticados, como aqueles
que filmam o movimento dos teclados virtuais. “Com isso, é possível
criar vacinas para este tipo de código com mais rapidez, sempre que
as soluções de segurança não conseguem detectá-los em um primeiro
momento. Os antivírus consideram o keylogger como um vírus, por isso
seu rastreamento torna-se mais fácil”.
Como detectar se há um keylogger em meu computador?
Quando o antivírus ou firewall não consegue rastrear a presença
deste tipo de código no PC, o ideal é observar o comportamento de
aplicativos que exigem digitação. “Em programas como o Word, por
exemplo, o usuário pode observar se há lentidão entre a digitação da
palavra e o tempo que ela leva para aparecer no monitor”, diz
Matias. “A inserção da palavra tem de ser simultânea à digitação, a
não ser que ele esteja usando muitos aplicativos ao mesmo tempo, o
que exige uma grande capacidade de processamento da máquina e torna
as operações mais lentas. Se o atraso chegar a 1 segundo, é provável
que o PC esteja infectado”.
Para aqueles que têm um pouco mais de conhecimento técnico, vale a
dica de observar também como anda a performance do processador . Se
ele estiver trabalhando continuamente mesmo que o computador não
tenha muitos aplicativos em funcionamento é sinal de que a máquina
pode apresentar algo suspeito.
Quais os cuidados que eu devo ter para proteger meus PC de
keyloggers?
As medidas preventivas para evitar este tipo de código são
semelhantes às usadas para se proteger de outras ameaças. Ter um
antivírus de confiança sempre ativado e atualizado é fundamental,
bem como firewall. Além disso, o internauta deve evitar
abrir e-mails de origem desconhecida, com anexos ou links suspeitos
e não utilizar redes de compartilhamento com arquivos de extensão
comprometedora.
Quem quer um recurso a mais pode adquirir softwares como o GuardedID,
fabricado pela StrikeForce. Trata-se de uma tecnologia de
criptografia que cifra automaticamente as teclas datilografadas
assim que um usuário abre o Internet Explorer. Há ainda uma versão
do mesmo aplicativo chamada CryptoColor, que “colore”
automaticamente os campos onde os dados são digitados e
criptografados instantaneamente, mostrando que o sistema de
segurança em uso está em pleno funcionamento. Para adquirir ambas as
ferramentas, basta acessar este o site Guarded ID.