Em 2008, vimos o fortalecimento de novas estratégias de infecção, a
criação de malware tornando-se um negócio lucrativo e o aumento do
scareware (software que ameaça e assusta o usuário para que ele
pense que deve baixar atualizações de segurança ou visitar
determinados sites para estar protegido), entre outras ameaças à
segurança digital. Fazer previsões é tarefa difícil, mas com base no
que foi observado em 2008, empresas como Symantec, Websense e
Protagon apontam tendências e fornecem um cenário do que pode
ocorrer em 2009. Automatização de ataques, crescimento dos falsos
programas de segurança, do spam e das botnets são algumas destas
tendências. O usuário, seja doméstico ou corporativo, precisa estar
atento e bem informado.
Para Robson de Roma, coordenador de TI da Protagon Segurança de
Dados, "o surgimento e a utilização cada vez maior de serviços
oferecidos através da internet, aliado ao crescimento do uso de
dispositivos móveis, deverá ser um dos principais focos das ameaças
para 2009". O especialista destaca também que sites com scripts
maliciosos deverão ter uma uma disseminação mais elevada usando o
método drive-by-download, que automatiza os ataques já que o usuário
é infectado ao visitar sites com códigos maliciosos embutidos.
A explosão de variantes de malware e o aumento do número de novas
ameaças baseadas na web também são apontados pela Symantec como
tendências fortes em 2009. A Websense prevê que a "nuvem" da
internet será cada vez mais usada para fins maliciosos. "A 'nuvem'
pode ser usada para enviar um simples spam ou lançar ataques mais
sofisticados, incluindo hospedagem de códigos maliciosos e testes
destes códigos", afirma um relatório recente da companhia.
Os especialistas apontam também o crescimento das botnets (redes de
PCs zumbis, máquinas infectadas que, sem o conhecimento do usuário,
são utilizadas para diversos fins, de hospedagem de sites ilegais e
depósito de material pornográfico a ataques DDoS) como uma forte
tendência, principalmente devido ao retorno financeiro que elas
representam. Esperam, ainda, um aumento significativo de ameças a
dispositivos móveis como smartphones, graças à popularização destas
novas tecnologias.
Proteção
O usuário, doméstico ou corporativo, deve ficar atento. Além da
recomendação habitual de manter programas e sistemas operacionais
sempre atualizados, Roma sugere considerar outros dois pilares
básicos:
Ter ferramentas de segurança com alto poder de detecção pró-ativa,
capazes de identificar qualquer variante de malware a qualquer
momento sem esperar pela atualização de software ou criação de
vacina;
Atuar na prevenção pela educação: o usuário deve procurar manter-se
informado, buscando conhecimento sobre o assunto em fontes
confiáveis. |