As empresas precisam ficar alerta: o aumento do faturamento no final do ano não pode significar elevação de gastos, até porque a partir de janeiro há muitos tributos a pagar. É muito comum os empresários se empolgarem com as vendas de fim de ano e quitar todas as dívidas e fazem investimentos. Porém, nos meses seguintes, as vendas caem bastante e uma série de impostos, como o IPTU, o IPVA e o ICMS relativo às vendas do final do ano aparecem. A preocupação com os problemas financeiros das empresas no início do ano deverá ser maior desta vez. Porque a euforia será maior do que a normal, já que vínhamos de vários anos na corda bamba. Neste ano melhorou bastante, mas é necessário se precaver. Não sabemos ainda o que teremos pela frente em 2005. O principal erro dos empresários é querer quitar todas as suas dívidas com o dinheiro conseguido. É muito comum pegarem o rendimento todo e pagar o 13º salário dos funcionários, ou fazerem planos de expansão. Porém, depois do Natal são quatro ou cinco meses de poucos negócios, especialmente no comércio. E aconselhável os empresários a quitar apenas as dívidas que têm taxas de juros muito altas, como o cheque especial. Para pagar 13º e tributos existem linhas de financiamento específicos com taxas mais reduzidas. Enquanto isso, o melhor a fazer com os lucros do final do ano é deixar como capital de giro, e gastar para expansão ou quitar os financiamentos somente se a economia continuar aquecida. O resultado do uso inadequado dos lucros do final do ano pode ser desastroso. Só os tributos do início do ano já seriam uma grande dor de cabeça. Já temos o IPTU e o IPVA, que começam a ser pagos nos primeiros meses do ano. Também há o recolhimento dos impostos relativos às vendas do final do ano. Se isso cai na empresa quando ela menos tem renda, o empresário fica obrigado a entrar em empréstimos com juros altos que prejudicarão o restante do ano.
Empresas devem ficar alerta com relação ao custo do pagamento de impostos no início do ano. |