Câmara aprova redução do INSS de doméstico e empregador
Pelo texto, a contribuição para a Seguridade Social do
funcionário doméstico passará a ser de 6% da remuneração paga
valor que hoje varia entre 8%, 9% e 11%
A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira, a redução e
a unificação das alíquotas cobradas pelo Instituto Nacional do
Seguro Social (INSS) para trabalhadores domésticos e seus
empregadores. Pelo texto, a contribuição para a Seguridade
Social do funcionário doméstico passará a ser de 6% da
remuneração paga - valor que hoje varia entre 8%, 9% e 11%. Já a
contribuição devida pelo empregador cairá de 12% para 6% do
salário.
O objetivo da medida, votada hoje na Comissão de Constituição
e Justiça da Câmara, é estimular a formalização, de acordo com a
relatora Sandra Rosado (PSB-RN). Como tramitou de forma
conclusiva, o texto deverá cumprir agora um prazo para recursos
de Plenário. Caso nenhum recurso seja apresentado, seguirá para
sanção presidencial.
O Instituto Doméstica Legal, uma das entidades que apoiaram a
aprovação da proposta, argumenta que o projeto também vai
diminuir demissões e render aumento de arrecadação para o
governo. O PL foi formulado a partir da campanha de abaixo
assinado "Legalize sua doméstica e pague menos INSS", de 2005,
que recolheu 56 mil assinaturas. A entidade calcula que o
projeto poderá resultar ao governo num aumento anual de R$ 2,6
bilhões na arrecadação de impostos no emprego doméstico.
Num informativo que circulou no Congresso, o instituto afirma
que há 6,5 milhões de trabalhadores domésticos no País, sendo
que 70% estão na informalidade. Para justificar seu pleito, o
Doméstica Legal cita outras medidas recentes adotadas pelo
governo que evitaram demissões em outros setores, como as
desonerações na folha de pagamento e a redução do INSS dos
Microempreendedores Individuais (MEI).
Há também um dispositivo no projeto que estabelece que as
contribuições à Seguridade Social deverão ser feitas por meio de
uma guia de recolhimento da Previdência Social de domésticos,
que identificará empregadores e empregados. "Isso permite
localizar o patrão que faz aquele desconto do INSS, porque ele é
responsável pelo recolhimento", argumenta Rosado, para quem as
inovações trazidas pela redação são "justas".
Fonte: EM.com.br