Formatar o HD frequentemente pode estragar o dispositivo?
Formatação do disco rígido sequer envolve contato físico entre
cabeçote de leitura e gravação e a mídia; entenda como funciona.
O fato é que não ocorre nenhum tipo de consumo ou desgaste físico
do disco rígido durante o processo de formatação. De acordo com
Júlio Rim, gerente de produtos da Samsung, "o único caso em que um
HD pode estragar é quando há impacto físico na mídia", garante.
E, na verdade, sequer existe contato entre a cabeça de leitura do HD
e a mídia (ou prato), ao contrário do que se possa pensar.
Quando um disco rígido é ligado e começa a funcionar, a cabeça
leitora sai do local em que fica estacionada e se desloca para uma
posição sobre os pratos. O disco começa a girar, de maneira que se
forma um colchão de ar entre a mídia e a cabeça de leitura/gravação
por causa desse movimento de rotação.
Assim, sempre haverá uma distância, ainda que minúscula, entre esses
dois componentes do dispositivo – menor do que a espessura de um fio
de cabelo, de acordo com Carlos Velasco, engenheiro de aplicações da
Seagate.
Para dimensionar melhor o quanto significa essa distância mínima,
Júlio Rim faz uma analogia interessante. Segundo ele, esse espaço
seria o equivalente à situação de um avião boeing 747 voando em sua
máxima velocidade a apenas 30 metros do solo.
Apesar de não haver contato físico entre a cabeça de leitura e o
prato, todo esse trabalho de formatação funciona, pois é formado um
campo eletromagnético que viabiliza esse processo. O cabeçote é um
eletro-ímã que gera um campo que 'arruma' os bits nos pratos do HD.
A propósito, todo este funcionamento eletromagnético e mecânico
trabalha da mesmíssima maneira quando se grava dados no disco ou
simplesmente quando o HD é lido – o que acontece o tempo todo.
Assim, presumir que a formatação pudesse prejudicar o HD seria o
mesmo que achar que a simples leitura de um disco rígido também
estragasse o dispositivo.
Fonte: Fernando Petracioli, repórter da PC WORLD
20-03-2009 |