Segurança digital é um assunto sério. Apesar de alguns acharem que
hackers e crackers não passam de pessoas sem ter o que fazer o
prejuízo que podem causar em seu computador - e até na sua conta
bancária - se você não for cuidadoso.
Os números endossam a seriedade: no Japão, por exemplo, o total
de crimes virtuais registrados em 2005 ficou em 3.161, saltando
quase 52% em relação ao ano anterior, enquanto o número de queixas
envolvendo fraudes virtuais subiu para mais de 84 mil casos, ou
9,2% em relação a 2004, segundo dados da polícia japonesa.
No Brasil, por sua vez, o prejuízo causado pelas fraudes
virtuais foi de R$ 300 milhões no mesmo período, segundo o
Instituto de Peritos em Tecnologias Digitais e Comunicações (IPDI).
Você sabe diferenciar pragas virtuais?
O leque de inimigos do PC é bastante diverso. Na medida em que
são desenvolvidos programas de segurança que dêem conta das pragas
digitais de que se tem notícia, as fraudes virtuais progridem, se
diferenciando e tomando novas formas.
No começo da internet, eram comuns e-mails contendo mensagens
de pedidos de ajuda, com histórias engenhosas incluindo doenças ou
negócios mirabolantes convencendo o usuário a doar quantias de
dinheiro ao remetente, que sumia pouco depois: eram os chamados
scams.
Outro dos antigos, que é temido até hoje apesar de ser um dos
primeiros a aparecer, é o vírus. Os mais mal-intencionados se
instalam no micro (cavalo de tróia) e formatam o disco rígido.
Para piorar, é comum o vírus se auto-enviar para toda a lista de
contatos do dono do computador, causando mais dano ainda.
Cada vez mais sutis
Atualmente, os vilões do computador estão cada vez mais sutis,
mas alguns ainda se aproveitam de usuários desatentos ou pouco
desconfiados para poderem atuar. Um exemplo é os spams, e-mails
não solicitados, com conteúdo publicitário na maioria das vezes.
Quando fraudulentos, os spams dão abertura para o phising,
procedimento que permite a invasão do PC através de mensagens
falsas em nome de instituições que levam os usuários a clicar em
links que iniciam o download de vírus e afins, como keyloggers,
que são programas capazes de captar tudo o que é digitado, como
senhas de banco e que, em geral, vêem associados a outros vírus,
como o cavalo de tróia.
Na verdade, os keyloggers são uns tipos de spyware, pragas
preferidas dos criminosos virtuais. Instalados através de
programas gratuitos ou integrados em sites on-line, os spywares
monitoram o acesso do usuário e roubam suas senhas e dados
pessoais.
Por isso é muito importante ficar atento a todos os recursos
disponíveis, como filtros de conteúdo, ou firewalls, além das
novidades, como os pacotes de correção anunciados pelas
fabricantes de softwares, ou patches, para a segurança da sua
máquina, evitando assim se tornar parte das estatísticas.